2007 foi um ano maluco. Maluco de bom, maluco de estranho, maluco de tudo o que veio e o que deixou de vir. Eu tinha votos pra 2007, e eles não foram o que de mais importante aconteceu. De fato, acho que as minhas promessas de retornar e conhecer aqui melhor ainda estão um tanto quanto no rascunho. Mas aquela constante sobre as coisas que sequer imaginamos e viriam a seguir, essa eu não posso negar que sempre vem e nos leva. E eu sou facinho pra ser levado nessas coisas - mais uma vez - malucas!
Nem lembrava o quanto havia escrito sobre isso há um ano atrás...
Bom, os meses que vieram a seguir eu vivi da forma como as condições permitiram - viajando, estudando, aloprando, sonhando. Parece que cada mês eu entendia melhor como fazer isso - excetuando quando a faculdade não permitia. Daquela impressão hostil do redor, passei a entendê-lo melhor e a gostar dele. E voltar... voltar foi um mergulho de cabeça, de um verão escaldante (que há muito não via um dia de verão) pra um inverno maluco e tantas expectativas, e de quantas outras metas que fui atrás. E de muito perceber que, de longe, tudo parece mais fácil e perfeito por aqui.
Terminei, creio, vivendo menos que antes - correndo que nem um doido, dormindo pouco, e mantendo a minha média anual de passeios no hospital (que durante os 10 meses fora eu não registrei uma sequer ocorrência) - vá lá, de um tombo atrás do ônibus, do estômago, ou seja lá o que for. E é por isso que meu objetivo em 2008 é aprender a viver, literalmente, e antes que seja tarde!
Ano novo, emprego novo, casa nova, nova data de formatura, nova rotina maluca que eu espero que não me deixe doido dessa vez, talvez novas aventuras - que, de qualquer forma, vou deixar o tempo decidir se valem o seu risco. Que eu ainda tenha tempo pra ser esse tonto e descobrir mais sentido na vida! :-D
Esse ano não tem Abbey Road, mas tem a rua de frente da minha casa em Santo André, que por hora é o meu horizonte, tirada numa manhã em que eu pensava sobre as besteiras que às vezes fazemos.
Mas - e ironicamente - estou lendo Erasmo de Rotterdam, aquele cara que nomeia o programa de mobilidade estudantil europeu, dizem que por sua vida intelectual e viajante, mas creio mais eu que por seu elogio à loucura como o que faz girar a vida, e que ninguém melhor que os erasmus sabem fazer. Sabedoria, artes... o que é tudo isso sem tolerar o mundo ao nosso redor e saber tocar a música que fá-lo rodar gentilmente?
Só sei que precisamos andar muito...
e que venha 2008!
(e sua caixa secreta de surpresas...)
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2 comentários:
2008 chega e com ele chegamos nohs tambem ao momento de continuar a fazer loucuras, mas que inovemos e que sejamos ainda mais idiotas nas loucuras que fizermos, que sejamos menos inteligentes, mais impulsivos e que deixemos algo diferente da razao, algo mais humano, algo mais simples, algo mais bobo...
que neste ano, azul, esquecemos os problemas que tivemos ou ainda temos e que busquemos mais tornar realidade os sonhos malucos de uma mesa de bar
abracos do amigo ainda longe...
tomas
gostei da rua da frente da tua casa :) vale sim uma abbey road. Como eu tenho certeza que o meu Brasil de 2008 valerah a França de 2007. Aventuras! Eh isso o que eu quero :) ajude-me a aproveitar o maximo, smurf!
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