segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

O casório de Aline e David

(um tanto quanto atrasado, mas aqui vai...)

Casaram! Casaram e passam bem nossos amigos de tantos posts!
Foi uma semana animal em João Pessoa, e esses dois não só continuam juntos como naqueles tempos de Lisboa, como ainda estão melhores do que antes.

E, claro, dava pra ficar aqui falando um monte de abobrinhas, mas creio que as imagens falarão melhor por si! :D

A noiva afobada, indo para o Civil, e o Joací, seu pai.


Dona Fátima, a mãe.


Dorotéia, a sogrinha.


E o noivo, obviamente atrasado! :P


E o nosso paciente público aguardando o juiz que nunca vinha...


Os pais da noiva.


As mães dos noivos.


O irmão Wayne e a cunhada.


Os primos (ix, nome demais pra lembrar!).


Tia, primas...


...


O pessoal assinando a papelada...


Aqui deveria vir o discurso do desembargador sobre casais e tudo mais, mas ficou grande demais e não soube como mandar, hehe.

E o fim da cena...



Depois da cerimônia...


E a foto de "felizes pra sempre" que a dona Fátima fez a gente tirar :D


Modéstia à parte, fizemos um ótimo trabalho no salão de festas da casa dos pais da noiva.



De outra forma, creio que ela teria utilizado dessa faca com outro proveito!


Um pouco mais cenas bonitinhas pra fazer a Aline chorar...


A gente e o velho - e sumido - Sam.


E, bom, eu boto a mão no fogo por esses dois pra dizer "felizes pra sempre" (claro, isso depende deles!) :)


FIM (O.O)

2008: Josés, Josés e mais Josés... e viva o Erasmo!

2007 foi um ano maluco. Maluco de bom, maluco de estranho, maluco de tudo o que veio e o que deixou de vir. Eu tinha votos pra 2007, e eles não foram o que de mais importante aconteceu. De fato, acho que as minhas promessas de retornar e conhecer aqui melhor ainda estão um tanto quanto no rascunho. Mas aquela constante sobre as coisas que sequer imaginamos e viriam a seguir, essa eu não posso negar que sempre vem e nos leva. E eu sou facinho pra ser levado nessas coisas - mais uma vez - malucas!

Nem lembrava o quanto havia escrito sobre isso há um ano atrás...

Bom, os meses que vieram a seguir eu vivi da forma como as condições permitiram - viajando, estudando, aloprando, sonhando. Parece que cada mês eu entendia melhor como fazer isso - excetuando quando a faculdade não permitia. Daquela impressão hostil do redor, passei a entendê-lo melhor e a gostar dele. E voltar... voltar foi um mergulho de cabeça, de um verão escaldante (que há muito não via um dia de verão) pra um inverno maluco e tantas expectativas, e de quantas outras metas que fui atrás. E de muito perceber que, de longe, tudo parece mais fácil e perfeito por aqui.

Terminei, creio, vivendo menos que antes - correndo que nem um doido, dormindo pouco, e mantendo a minha média anual de passeios no hospital (que durante os 10 meses fora eu não registrei uma sequer ocorrência) - vá lá, de um tombo atrás do ônibus, do estômago, ou seja lá o que for. E é por isso que meu objetivo em 2008 é aprender a viver, literalmente, e antes que seja tarde!

Ano novo, emprego novo, casa nova, nova data de formatura, nova rotina maluca que eu espero que não me deixe doido dessa vez, talvez novas aventuras - que, de qualquer forma, vou deixar o tempo decidir se valem o seu risco. Que eu ainda tenha tempo pra ser esse tonto e descobrir mais sentido na vida! :-D



Esse ano não tem Abbey Road, mas tem a rua de frente da minha casa em Santo André, que por hora é o meu horizonte, tirada numa manhã em que eu pensava sobre as besteiras que às vezes fazemos.

Mas - e ironicamente - estou lendo Erasmo de Rotterdam, aquele cara que nomeia o programa de mobilidade estudantil europeu, dizem que por sua vida intelectual e viajante, mas creio mais eu que por seu elogio à loucura como o que faz girar a vida, e que ninguém melhor que os erasmus sabem fazer. Sabedoria, artes... o que é tudo isso sem tolerar o mundo ao nosso redor e saber tocar a música que fá-lo rodar gentilmente?

Só sei que precisamos andar muito...
e que venha 2008!
(e sua caixa secreta de surpresas...)

sábado, 15 de dezembro de 2007

Meu voto de natal: o blog vai voltar! :O

Com toda a cara de pau de quem sumiu e quer voltar, venho nessas maltratadas linhas dizer que... sim! eu andei meio maluco nesse semestre, correndo atrás de coisas demais, algumas vezes levando na cara, mas com conquistas muito legais também; e que... não! eu não vou deixar de colocar as coisas aqui de vez em quando! Logo, logo (não tão logo porque estou indo ao casório do ano lá em JamPa!!!), eu volto à freqüência de antes!

Se é que posso chamar algo de férias, é o período que começa agora, e começa bem! O ano que está para começar vai ter grandes viradas também, e estou muito feliz com elas (mesmo que ainda sempre fique um pouco o susto da mudança). Mais detalhes mais pra frente...

Ficam aqui, caso não publique nada até o natal, os meus votos de feliz natal e um fantástico 2008 aos ainda ansiosos leitores do meu blog, e também a quem nem andou tão ansioso mas passou por aqui como que a constatar que eu não tenho dado muito as caras, hehe.


Os bonecos de natal desse post são feitos de garrafas, em geral pet, e estão num canteiro próximo à entrada de Barão Geraldo, o distrito residencial próximo à Unicamp (vulgo "feudo" de BG - depois da meia-noite só o Gordão Lanches abre... :S)

domingo, 25 de novembro de 2007

Adeus, Maratona!

Já vai quase um mês que eu não escrevo aqui, e na real deveria estar trabalhando ao invés de escrevendo porque a coisa anda bem corrida por esses dias. Mas já vão duas semanas desde a minha última Maratona enquanto competidor, e achei melhor falar um pouco disso aqui. Foi uma das coisas mais constantes da minha graduação, já que todo segundo semestre do ano nesses anos eu estava nela, em geral sempre deixando umas coisas pra trás nesse período e depois correndo atrás que nem um doido.

Conheci muita gente nesse meio, em especial nerds como eu, gente que você não encontra tão facilmente na rua. Aprendi bastante com muitos desses nerds: é um ambiente de expectativas, pressão, adversidades, aprendizado, e principalmente de lidar com pessoas. Decerto que um cara muito foda não precisa de time, leva ele nas costas e pronto. Mas caras fodas não são maioria. E, aliás, competir com caras fodas assim é outro desafio da brincadeira. Tem também daqueles times que soam como os imbatíveis, que atraem os holofotes, e galgar posição acima deles também é uma coisa legal quando acontece.

Passa o vestibular e você acha que o jogo da pressão foi aquele lá, e se você superou ele já está de parabéns. Mas já pensou fazer um vestibular em grupo? Suponha como se a folha de respostas demorasse a ser escrita, e só um pudesse escrever nela por vez, e ainda que uma pessoa sozinha dificilmente conseguiria corresponder a tanta exigência. A prova é até com certa consulta, ainda rola comes e bebes à vontade, você viaja e tem hotel bancado, e quem está ali também já brincou de "vestibular" antes...

Agora dá um certo vazio saber que nunca mais vou sentar ali com dois outros computeiros valendo qualquer campeonato - seja brasileiro, sul-americano, português ou do sudoeste europeu -, e eu tinha uma ambição meio medíocre de ir a um mundial, e só (bom, obviamente estudaria muito se conseguisse). No total foram 10 colegas, já que nunca repeti parceiro, e ainda um ou outro que nunca cheguei a montar time oficial. De todas as vezes, nesta e na de 2004 que eu treinei mais, e nas duas foi um nono lugar nacional. A competição aqui ficou mais difícil a cada ano, e hoje o nível da nossa região nos mundiais é melhor que de várias outras regiões (este ano em Tóquio, os times brasileiros todos ficaram acima dos do sudoeste europeu, por exemplo), mas ainda não estamos tão perto de poloneses, russos, chineses, canadenses, americanos e por aí vai...

Mas treinamos pra caralho considerando que ainda trabalhávamos dois de nós, talvez não com o devido foco, mas sempre teria o que se dizer sobre como melhorar algo, então foi o melhor que até ali a gente entendia que podia fazer. Ainda pretendo ajudar a Unicamp se ano que vem estiver por aqui, e talvez um dia ser formulador de problemas. Mas agora, aqui sentado na cadeira, com essa cara de garoto juvenil que às vezes não se passava nem por 16 anos pra comprar um vinho (ou 18 nas bandas de cá, que nem aconteceu em BH), eu ainda sim consigo me sentir meio velho, pegando essa tralha toda acumulada de papel e sabendo que não vou tirar ela de nenhuma caixa no próximo ano pra competir de novo.

Mas a gente é sempre velho ou novo pra alguma coisa... só se pode entrar para o ensino superior militar até os 21, e só dos 21 aos 35 que se pode tentar carreira diplomática, e só dos 35 em diante que se pode virar presidente. E, ainda sim, ser presidente no Brasil não exige a mesma intelectualidade que as duas outras coisas de que falei, e eu achava engraçado mas ao mesmo tempo triste quando pensava que, ao contrário do primeiro ministro português, sequer podíamos contestar o diploma do nosso camarada petista, já que ele nunca nem se matriculou (bom, parece que deram um diploma pra ele, mas ele não entrou realmente em nenhuma sala pra merecê-lo, e é daquelas frivolidades estúpidas de bajulação)... enquanto Dom Pedro II foi o primeiro patrocinador de Pasteur e trocava correspondências com Nietzsche, o nosso *amado* presidente quer reclamar de dar bolsas para brasileiros fazerem doutorado no exterior.

Que merda de caminho tomamos, não? (droga, desvirtuei o assunto)

sábado, 27 de outubro de 2007

Tropa de Elite versão Computação Unicamp

Moral da história: até que há vinhos chilenos bem iguais aos portugueses. ;)
Fruto de um trabalho árduo até as quase 3 da manhã de uma quinta pra sexta, T como Capitão Nascimento, Hanson como recruta, eu na câmera, e o Miguel rindo do meu lado.



- Tá com medinho de overflow, sr 08? Porque o sr. tá com medinho de overflow, o turno inteiro vai ficar sem memória!!!



- Programando em notebook sem bandoleira, meu amigo?

Faltou colocar no meio "nem o MIT treina computeiros que nem os nossos". :P

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

sumido é pouco!

Certo disse meu amigo (que parece sempre um pouco à frente do meu raciocínio): devia ter ido bem devagar nesse semestre. Estou sobrecarregado - pra variar um pouco - e uma das coisas que mais gosto de fazer, que é despejar coisas aqui, tem sido MUITO deixada de lado. Estou trabalhando, estudando as matérias que não tranquei, e despejando boa parte do tempo que resta na minha última chance na Maratona de Programação. Viagens? Sim, sonho com algumas pra depois dessa correria toda. Ainda nem revelei as fotos do ano fora, ainda nem pendurei as reproduções de quadros que trouxe, ainda nada!

Tenho impressões a dever aqui sobre minha volta, em vários sentidos. Essa semana mesmo tive a impressão que tive a impressão errada de muita coisa... na verdade fiquei muito chateado com a estupidez com que me pediram um favor (favor foi eu fazer, já que não me pediram como favor, apesar que é o tipo de coisa que não se nega, e ainda estou esperando pelo "obrigado", já que o "de nada" eu já dei), e eu mesmo tenho andado que nem um maluco batendo ponto nos lugares e tentando resolver o que vem pela frente que deve haver gente por aí fula comigo também (talvez não tanto, vá lá, eu tenho modos! :P).

Ainda sobra algum vago tempo pra viver, no qual eu evito ficar muito na frente do computador porque minha vista andou meio cansada (sei lá se é esse o termo, mas tava ruim, hehe), e é por aí que se vai...

(quando eu não quero, não há como concluir mm)

domingo, 14 de outubro de 2007

Fé, esperança e amizade

Vidas perfeitas não precisam de nada. Afinal - e por definição - são perfeitas, irritantemente corretas e perdidas em alguma mente maluca desligada da realidade (será em algum hospício? I´m afraid not!)

Para todos os outros casos, existem essas 3 coisas aí em cima.

Deparadas com as coisas que acontecem na vida, as pessoas usam-nas como dá: elas têm fé de que aquilo que vêem não é o real, ou elas têm esperança que esse real mude, ou elas têm amigos aos quais perguntam se isso tudo é normal. Uma certa vez um certo alguém comparou já a primeira a menos que um grão de mostarda, e por aí você já percebe o castelo de cartas que faz essas coisas tão necessárias.

Outro alguém disse (ou acho que eu adaptei de um dito similar) que amigo é aquele em quem você deposita um dos lados de uma discussão sua consigo mesmo para defender apenas o outro lado na esperança de acreditar que era isso que queria desde o começo e meter no seu pobre amigo a culpa da sua dúvida.

Pobres amigos. Eles escrevem broncas quilométricas se você está a meses de distância fazendo "aquela" cagada. Mas eles também te convencem com papo furado que estão dando murro na ponta de faca, e você não pode simplesmente repetir isso de volta sem se passar por insensível. Amizade é um penico de prazeres e camaradagem mesmo... mas pergunte a alguém se ele repetiria de volta: se eu fizer isso, a pessoa não vai mais contar comigo - é o que diriam.

Tem dias que a gente acorda e a vontade é tacar todo o conteúdo daquele penico no ventilador, por a mão nos dois ombros da pessoa e falar: acorda! E tem dias que alguém faz isso com a gente. Dá uma puta raiva. Uma vez isso me deixou tão puto, mas tão puto, que a pessoa realmente conseguiu fazer eu ir adiante, e olha que até ali nunca havia dito nada sequer perto.

Esse lance do penico é uma arte em ser seco, em ser sarcástico, e ser até mesmo um pouco idiota. A maior preocupação é sempre do caso dele ser traiçoeiro e virar na nossa própria cabeça. Outro dia mesmo tentei usar essa técnica com moderação, e acho que piorou a coisa porque pareceu servir de vacina contra doses maiores.

Merda, viu...

domingo, 7 de outubro de 2007

vândalo maldito! (e um adendo de "erramos"...)


Hoje cedo invadiram o d'Orsay e sacananeram com o Monet acima (La Pont d'Argenteuil)!

O que um artista frustrado (com certeza deve ter sido!) não é capaz de fazer pela cabecinha de merda que tem...

Estava lá, praticamente ao alcance da sua mão, justamente pra sentir a realidade daquilo. Pode parecer um absurdo pra alguns isso, bem como ônibus ou metrô sem catraca, mas essas coisas podem funcionar muito bem se as pessoas interiorizam suas responsabilidades (salvo o caso de um FDP desses).

Bom, fica retificado que não era Seurat, como eu mencionei antes aqui, hehe.

sábado, 6 de outubro de 2007

indas, vidas

QUE JÁ NASCEMOS PARA TER AO MENOS DUAS PESSOAS

OU PARA DESDE CEDO LAMENTAR SUA AUSÊNCIA


ESSA DICOTOMIA QUASE CERTA PARA CADA DUAS PESSOAS

DE SABER QUE UM VAI SE IR ANTES

QUE O OUTRO VAI FICAR PARA CONJUGAR O VERBO NO SINGULAR


E DE TANTOS QUE POR NÓS PASSARÃO...

DA CERTEZA DE QUE ALGUNS NOS DEIXARÃO

E A OUTROS NÓS É QUE DEIXAREMOS


E QUANTO MAIS TIVERMOS, MAIS TEREMOS A PERDER À MORTE

MAS QUANTO MENOS TIVERMOS, MAIS TEREMOS A PERDER À VIDA


E SE NÃO FOR À MORTE TÃO CEDO, SERÃO OUTRAS AS DISTÂNCIAS

OU MESMO A MORTE DO QUE UM DIA SIGNIFICOU

E TODAS AS FORMAS DE SE PERDER PORQUE UM DIA TEVE


E HAVERÃO OS QUE IRÃO VIVER DE PENSAR NAS PERDAS

DIANTE DAQUILO PELO QUE AMANHÃ LAMENTARÃO, A LAMENTAR PELO QUE ONTEM TIVERAM

E OS QUE DELA SE ESQUIVARÃO

NÃO FAZENDO MELHOR PELO DE HOJE PORQUE O ONTEM FICOU DISTANTE

E OS OUTROS...


MAS QUE OUTROS?

ONDE ESTÃO OS OUTROS?

QUEM SÃO OS OUTROS?

ALGUÉM SABE DESSES OUTROS?


E DESSA GRANDE SAUDADE QUE ENGOLE EM SI CADA LUGAR EM QUE JÁ SENTÍAMOS SAUDADE DO QUE VEIO ANTES?

ANTES, ANTES, ANTES... ANTES MESMO DE SABER... O LUGAR ONDE TERÍAMOS FEITO TUDO EXATAMENTE COMO JÁ FIZEMOS... ANTES!

(Thiago Serra)


A Criança em Ruínas

Antes de sair jogando as besteiras que escrevo, vou lembrar um pouco de como conheci o autor que me fez escrever o post que vem logo a seguir (bom, na ordem do blog, vai ficar por cima deste na visualização, hehe). Chama-se o gajo José Luís Peixoto. Da primeira vez que ouvi falar dele foi sentando num ponto de ônibus no Largo do Saldanha no meio de uma madrugada de sábado pra domingo, conversando com uma gaja chamada Ana da segunda (de cinco vezes) que a veria. Foi mais um daqueles papos pra perceber que brasileiros e portugueses tem um problema muito parecido, mas diamentralmente oposto: eles vivem de passado, e a gente de futuro (pois é, ninguém fica no presente!). Ela me mostrou a contracapa do livro que ele tinha autografado pra ela:

na hora de pôr a mesa, éramos cinco:
o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs
e eu. depois, a minha irmã mais velha
casou-se. depois, a minha irmã mais nova
casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje,
na hora de pôr a mesa, somos cinco,
menos a minha irmã mais velha que está
na casa dela, menos a minha irmã mais
nova que está na casa dela, menos o meu
pai, menos a minha mãe viuva. cada um
deles é um lugar vazio nesta mesa onde
como sozinho. mas irão estar sempre aqui.
na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco.
enquanto um de nós estiver vivo, seremos
sempre cinco.

Deixou ele na minha mão, o ônibus chegou (depois de um looongo tempo), e eu fui despedir dela com um abraço de quem não veria mais (a vida pode dar muitas voltas, mas não deixa ainda sim de ser bastante curta, e se tem uma coisa que eu tento "aprender" é a não insistir batendo a cara na parede - apesar de ainda ser bastante tolo para fazê-lo com freqüência!), mas ganhei um beijo meio inusitado e alguém fugiu falando que o livro eu devolvia em outra ocasião (essa sensação de última vez e única chance mexe com a cabeça das pessoas, hehe).

Bom, assim pelo menos eu descobri o segundo nome dela lendo a dedicatória. Acho que consegui ler um terço do livro antes de devolver. Obviamente que metade de tudo que é impulsivo é puramente impulsivo, e esse livro quase voltou comigo pelo chá de sumiço que ela deu. Ainda vi ela uma última vez puramente sem querer na minha última noite no Bairro Alto. Ela disse que depois ia ao Mezcal encontrar a gente, e obviamente eu não esperei por ela porque não ia aparecer mesmo...

Maaas, voltando ao nosso "cara", eu li aquile primeiro terço, tinha até uma interessante tangendo a "Tabacaria" de Álvaro de Campos, e tudo o que eu podia imaginar era um senhor de idade avançada, lamentando por uma vida passada, e não um cara uns 11 anos mais velho do que eu e que publicou aquele livro antes dos 30. Fiquei um pouco passado com essa constatação, mas estado de espírito não refleto muito o físico mesmo!

domingo, 30 de setembro de 2007

Telefônica maldita - pela reestatização da TELESP! (pode ser só pra reprivatizar boicotando a Telefónica!)

Hoje sentei antes de telefonar e meditei com calma para a atividade desgastante que teria pela frente: cancelar alguma coisa da Telefônica. Após várias musiquinhas, alguns atendentes ficaram brincando de ping-pong comigo me confundido entre qual RG e CPF eles queriam - se o do assinante ou o de quem falava, e SEMPRE SEMPRE SEMPRE perguntando a porra do motivo pelo qual queria cancelar aquela merda. Ofereceram até 50% de desconto por um ano porque eu disse que queria trocar de operadora. Por fim me direcionaram a um ramal interno e a atendente não entendeu como mandaram um cliente para ali e desligou na minha cara.

Liguei de novo. Não deixei passar da apresentação e disse tudo de uma vez só e que aquela era a última ligação antes de acionar a Anatel. Uau, nenhum redirecionamento! Nenhumzinho! Mas a moça, pobre coitada, tinha que cumprir as ordens de quem pagava o salário e disse que sem motivo eu não podia cancelar...

Olha, minha filha, eu não quero dar motivo pra cancelar e isso é direito meu. Eu sei que você tem um formulário aí na sua frente e que você é obrigada a preencher esse campo maldito como condição pra fazer o seu trabalho, e é por coisas como existir esse campo que faz vocês me atazanarem com essa pergunta que eu não quero mais o serviço dessa empresa. Tá bom esse motivo pra preencher aí? Olha, não é nada pessoal, desculpa.

Não demorou nada e ela me disse que eu só podia cancelar sem multa em alguns dias, claro que dizendo isso de uma forma completamente enrolada e só após a quinta repetição que disse claramente que isso significava apenas que eles sabiam que eu queria cancelar, mas apenas no dia X eu poderia ligar pra fazer isso sem pagar multa. Difícil, não?

E pra quem acredita que isso é porque é no Brasil, não se iluda: na Espanha os orelhões aceitam moedas mas engolem a moeda toda se você não usar (uma diferença de preço brutal às vezes), e até para os bombeiros a ligação é paga... tentei usar um cartão internacional que cobria lá com um 0800, e após digitar 080 o sinal travou esperando pagamento. Fiquei doido quando atenderam, mas perguntei com calma de onde era, e fiquei mais puto ainda.

O mais revoltando do absurdo que custa o Speedy é que as pessoas não sabem pelo que elas estão pagando... é pra usar o telefone! A sua linha residencial tem um limite de freqüência do sinal que permite a voz humana ser transmitida, mas limita a internet discada naquela velocidade porca que a gente tinha nos modens. Isso porque o resto da banda (digamos que os outros 250 canais com tamanho igual a esse que você tem pra telefonar) são usados pra ADSL. Porcamente falando, isso quer dizer que eles não gastam um tostão com a rede, já que quem paga por ela desde os tempos da TELESP tem sido o assinante de linha residencial - ISSO MESMO, MEU CARO: a sua assinatura e os preços elevados justificados na época da privatização sob o pretexto de "universalizar o serviço" serviram também pra eles agora terem com o que te vender internet mais rápida! ;)

Bom, quem já foi atazanado para assinar e pensou a respeito, saiba que a pressão é a mesma pra assinar e pra não parar de assinar, com a diferença que eles não querem falar com você muito bem quando é pra cancelar. Isso pra não falar em ter que pagar pelo provedor (ótima mamata já que ela é dona do Terra, não?). Pensando ingenuamente que quem te dá acesso à internet é o provedor mesmo (ingenuamente, por favor!), então aquilo que você paga pra Telefônica é somente pra poder usar aquilo que já deveria vir com o telefone (claro, sem contar pulsos ou minutos - apesar que você só usa isso para acessar a central da própria e querida Telefônica!).

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Live or Leave the Dream - 1 ano se passou!

Um ano atrás eu joguei essa frase aqui, lá da biblioteca do IST, ainda meio alucinado de não ter dormido no vôo, ter passado o dia todo atrás de acertar as coisas, com aqueles olhos vermelhos de quem dorme sentado no ônibus e fica com uns lapsos de memória do dia "semi-perdido". Bom, ao menos assim mal tive problemas com o fuso porque acordei bem no sábado. Ainda nesse dia conheci um cara que abriu a porta a pancadas para atender à senhora que cuida da residência, com uma cara de quem estava um tanto passado, meio maluco... pois bem: foi meu colega de quarto nos 10 meses seguintes. Incrível que tanto este quanto todos os companheiros de verdade que conheci por lá eu não dei a mínima da primeira vez que vi - fossem de onde fossem. Alguns tive até uma péssima impressão, que nem o polaco que parecia um computeiro tarado e perdido, mas que foi um cara pra vagar por muitas noites resmungando sobre muita coisa em comum (bom, programar em Java era uma coisa só dele, e falar português era uma coisa só minha, hehehe). Pra não falar de tantos outros... paraibanos, paulistas, africanos, mineiros, e por aí vai...

Mas eu joguei essa frase aqui... e não disse sobre ela mais nada ali. Talvez porque sonho seja isso mesmo: escolha. Você se afunda em alguns pois só assim vai consegui-los, e eu joguei umas coisas bestas que me faziam muito sentido (como me formar logo, partir pro mestrado etc) e fui para um país que conhecia vagamente, sem nem saber direito como o IST era... Fui tentar parar de assistir tanto e viver mais a vida, como alguém havia me dito antes. Voltei com mais incógnitas do que tinha quando fui. Voltei sem muitos planos definidos, com muitas vontades, dividido, confuso sobre as pessoas, confuso sobre mim, mas com uma espécie de - digamos - "sobriedade mental", de não querer acreditar em muita coisa mesmo. Ainda sim na volta perdi noites de sono surpreendido pelo óbvio, cheguei à conclusão de que talvez esse negócio de computação não seja pra mim mesmo, mas que ainda deve ter muito chão pela frente antes de eu ter alguma conclusão para tirar.

Bom, mas era um intercâmbio, não era? Se eu estudei, aprendi, e coisa e tal? Sim, claro! Talvez tenha falhado em uma matéria das sete, mas fiz bastante pelas outras, porém creio ainda que a escola do intercâmbio seja mais outra! Por exemplo, e engenheiramente falando, Álvaro de Campos: antes de ir já gostava bastante, lá continuei esse "vício", e agora na volta entendi uma das últimas paradas dele que ainda me passavam meio distantes- o "cansaço":

" O que há em mim é sobretudo cansaço —
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A sutileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas —
Essas e o que falta nelas eternamente —;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimno, íssimo, íssimo,
Cansaço... "

Nesse tempo também resolvi dedicar mais tempo para escrever, de várias formas, mas sobretudo em verso. Eu cá comigo acho que proso melhor do que verso, mas mesmo assim proso muito mal. Mas bem pelo mal, não acredito que a prosa seja tão frutífera e bela, então prefiro perder meu tempo indefinidamente com poesia que nunca termina, hehe. Certa vez comecei a escrever algo - obviamente de madrugada na minha escrivaninha - e aquilo ficou feio (como todo o resto, que sempre fica), mas gostei tanto da última estrofe que achei que ela merecia outras melhores para por junto. Bom, foram sete meses nisso, terminando quando faltavam dois meses para voltar - já o chamava de "comedor de batatas", lembrando do quadro que frustrou e tomou muito tempo de Van Gogh. Essa e mais outras, e todas tão pessoais quanto vagas, que desanimo de jogar aqui. Algumas mesmo ganham novo sentido com fatos que sequer existiam quando de sua criação. Diria que sou adepto da escola do "pessoalismo multi-uso", semeada pelas letras vagas mas específicas de Renato Russso, mas eternizada definitivamente por "Meu Erro" do Herbert Viana. Alguns leitores já viram qualquer coisa, e acho que o maior "elogio" foi quando alguém me disse que nunca esparava algo tão profundo vindo de um computeiro.

Mas eu não só escrevi... acho que também vivi. Sobre aquele lance dos carecas, bom, não sei qual foi o grau de influência, mas tenho sido bem-sucedido aplicando as TIPPQNF em mim mesmo! :D

Também andei muitos dias pensando na vida, nos últimos tempos lá no alto do Parque Eduardo VII, e queria mesmo colocar um poema besta que fiz naqueles tempos sob influência dum escritor contemporâneo meio perdido, mas não está comigo hoje. Olhar fotos desses dias vagando, ou mesmo fotos da galera reunida naqueles tempos hoje me dão um vazio absurdo. Não são os lugares em si, pois o que os lugares me lembram são a mim mesmo em algum estado anterior, e porque sempre eles estarão lá (ok, se você é idiota e quer contestar isso, digamos que a chance é que ambos sumamos antes do lugar sumir, ok? =P); mas a preciosidade dos amigos, essas condições agora serão sempre no máximo parciais porque cada um foi para um canto. Bom, em breve outros tantos daqui se irão, e vamos ficar todos nessa merda viciante chamada internet fuçando orkuts, blogs, mandando mensagens enquanto não nos cansarmos da frequencia, e então iremos diminui-la, ainda que com surtos repentinos de aumento, mas sempre tendendo ao sumiço, pois a solidão é uma certeza que quem assume que virá, a todos, sempre, torna-se mais forte. Tenho todos aqui comigo, mesmo os mais distantes, os que nunca tem tempo, os que não consegui encontrar, ou os que vieram só pra me ver em alguma parte e depois ir embora - todos! Mas é tudo mudança, é tudo movimento, é tudo esse grande vazio sendo completado por boas lembranças que valerão reunirmos um dia mesmo os mais ocupados só para rir de novo contando a velha e mesma história, caso isso seja possível, ou mesmo se não puder ser, parafraseando nosso camarada lisboeta acima citado.

Hoje acho que só lembrei da data porque tinha um monte de europeu no bumba que peguei pra SP. Durante algum tempo fiquei tentando advinhar pelo inglês de onde eram e ficou claro que uma falava francês como materna, havia uma italiana, e um lá cheirava a espanhol (não que espanhol cheire bem, afinal os argentinos vieram de algum lugar, e os portugueses bem o sabem! hehe...). Olhei aquela galera, aquela digital alucinada rodando e batendo fotos, e lembrei do fim do filme mais-do-que-citado por quem volta, e que terminava mais ou menos nisso: sempre que você ver um grupo muito sorridente e de bem com a vida, são eles os "erasmus"! :0)

Mas sabe do que mais?

We have to move faster and faster to know where we belong
We need to move faster and faster to know where we must go

A cada leitor deste blog, porta-te bem! ;)

domingo, 23 de setembro de 2007

Primavera 2007

Tenho uma vaga impressão... que essa estação já veio.
E, inclusive, que já passou!
hehehe...

Pra lembra um pouco saudosamente, o fim do outono em Lisboa... adoro essa imagem (com exceção da propaganda perto do ponto do bumba... mas isso faz parte da nossa realidade...)
(Avenida da Liberdade, depois da Marquês de Pombal, vista de baixo pra cima).


E essa é do fim da primavera que me parecia já ter passado esse ano, hehe...
(Avenida 5 de Outubro, bem perto de minha antiga casa, no dia da véspera de Santo António).


Sabe, pra falar um pouco do assunto...
Muito me perguntava e muito enchia o saco de quem já havia passado por isso... como devia ser a volta? Pensava mesmo que seria uma coisa maluca, triunfal, triste, ou sei lá o que. No fim foi tão normal, e depois dela o meio todo parecia conspirar para eu ser como antes... Bom, deve ser assim com todo mundo. A questão é que devemos lutar por aquilo que ganhamos, para não sermos os mesmos de antes, para prosperarmos diante da experiências.

Lisboa faz falta... sinto muita falta de muita coisa, mas fico muito feliz de ter voltado também. Incomoda que às vezes parece que tudo foi só um sonho, mas não foi: quero mesmo é manter a lembraça desses tempos, dos amigos, de tudo!

sábado, 22 de setembro de 2007

Unicamp NP-Rosa-Choque nas finais!

Bom, faz tempo que eu não mando nada, mas a coisa anda meio corrida. Hoje conseguimos algo legal e cada vez mais difícil, que é passar pras finais nacionais da Maratona de Programação. Foi a primeira vez que a regra de 2 times por escola não eliminou um time da Unicamp na regional, já que o nível tem subido, mas fiquei admirado com a marca do nosso terceiro melhor time, formado basicamente de bixarada que até ano passado mal sabiam programação.

Agora é treinar pra BH, que é a minha última participação!



Detalhe da foto do nosso primeiro treino como time, na USP em agosto: foi a primeira vez que eu vi o Malk programando, e em C++, hehe. Tô curtindo a equipe bastante, e aprendido muito sobre meus erros nessas coisas. Essa competição ensina muito sobre trabalhar em grupo sob pressão!

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

um cartão por um sorriso :)


Ultimamente algumas pessoas tem me lembrado o que eu tanto sentia saudades quando estava longe...

sábado, 8 de setembro de 2007

o dia antes da independência... descrito um dia depois dela!

O que é o homem um dia antes do dia de sua independência - seja qual independência a referida for? E o que tanto muda dali em diante? E, acontecidas tantas, como que mais uma vai mesmo fazer diferença?

Entre um post e outro da madrugada iniciando um dia que pensei demais em tudo, andei a esmo com mais dois outros por horas. Por momentos contemplamos a lua, rasa, e por essa razão grande e amarela, atrás do alambrado da FEF. Parecia dar pra ouvir o silêncio dela, e ele dizia tudo o que eu precisava ouvir, talvez... e dormi de exausto. E foi assim no dia que nasceu, e foi assim no dia seguinte. E então, o dia da independência já havia sido, e em minha mente alguma coisa se clareou em meio a tanta gente se empurrando na 25 de Março, pra talvez perceber que o meu negócio é completamente outro.

"É"... e não digo "era"... porque tudo o que veio antes escreve o que vem a seguir. De repente eu entendi o meu fim de "Albergue Espanhol" porque acho que eu entendi o que eu tanto procurei: acho que tenho que pegar esse meu diploma e fazer uma coisa completamente nova da vida. Agora que já sei o quê, fical mais fácil tentar achar!

cabo-verdeanos!

Hoje conheci um casal cabo-verdeano no trem. Me assombrei com a forma como passaram a falar português brasileiro assim que eu perguntei, e foi assim que eu entendi o motivo de nunca ter percebido nenhum africano aqui... por não serem tantos, habituam-se mais à nossa versão do idioma e só entre si que falam o deles - que é o mais diferente do brasileiro e do português que existe... tem palavras que parecem ser fusão de outras, uma velocidade muito maior e coisa e tal: acho mesmo que o angolano e o moçambicano (ironicamente países bem mais distantes de Portugal) parecem muito mais com o português de Portugal.

Descobri mesmo que moram muitos aqui em Santo André, e que ia rolar uma festa típica deles em Utinga hoje. Certamente que um dia vou querer conhecer o lugar... mesmo que uma vez que você tenha sido estrangeiro num país com a sua própria língua, sente um certa proximidade de todos os outros na mesma condição (e, claro, das pessoas do próprio local, de outras formas...). Dividir a mesma língua e entender suas variações é muito massa - foi legal finalmente começar a acertar na minha "chutologia" lingüística.

Odeio prometer coisas e depois talvez não achar tempo de fazê-las, mas ainda vou falar de uma dança típica deles aqui... que vi lá em LX.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

jogando

nada nada
é sempre uma questão de onde afundar
ficar na superfície é ser nada
quem bóia é merda

"todo mundo chora na formatura"

Bom, essa é mais uma frase enigmática dita por mais de um colega de quarto, pra fazer par com aquela "olha, é a primeira vez que fazes anos na primavera", ou o "come, muleque!" - este porque eu vivia gripado me alimentando mal e varando noites labutando (ou será que ainda faço isso!? - aliás, encontrei de novo com o Ivan e ele me repetiu isso quase com a mesma razão, hehe).

Bom (de novo "bom"... isso não é nada bom!), vamos falar sobre as pitangas que geraram essa nova frase enigmática de colega de quarto.

Eu tava lendo este post do blog do Tomás, que cita um post meu e ainda me fez lembrar os motivos pelos quais resolvi não tentar ficar por lá...

Basicamente, eu tinha aspirações futuras que requeriam meu retorno para se concretizar. Parecia até lembrar de quando disse aquilo a ele meses atrás, do que me tinha em mente. Olha ("olha" é quase "bom"... mas demonstra uma vaguidão menos repetitiva, hehehe), acho que (mais vaguidão!!!) os objetivos podem ser levemente os mesmos agora, mas as razões de crer nesses objetivos são bem outras. Acho que quase conseguir um emprego diferente me fez pensar sobre como eu posso mudar de várias formas minhas possibilidades, e pensar e refletir em conjunto me fez acreditar muito mais que o caminho da empresa que estou tentando abrir com meu camarada está bem acertado.

Pra não perder tempo adaptando, vou citar o resto do comentário que deixei por lá...

" Sabe, meu velho, a questão é que muitas vezes não há muita razão em nada... há qualquer coisa que eu ganhei mas perdi do outro lado do Atlântico, ficou por lá, e eu mal sei precisar o que é.

Essa sua nova fase não tem necessidade de ser uma 3ª rodada das mesmas coisas porque você não está fazendo exatamente as mesmas coisas, e nem perto disso, se pensar bem. Talvez no fim desse período você perceba que seria imaturidade ter seguido um impulso de voltar antes, que ganhou muito por um tempo a mais... eu, pelo menos, senti isso quando me vi voltando - comparado com o cara maluco pra voltar bem no meio do tempo de estadia! "

A real, a real mesmo é que a "festa" acabou... começou nessa semana o meu novo desafio - trazê-la para aqui (o que, claro, não precisa significar viver irresponsavelmente, mas minimamente não tentar tantas coisas ao mesmo tempo para conseguir aquilo que vale à pena antes de mais nada...). Começo por desistir por hora de mestrado ou matérias de mestrado, passo por deixar o trabalho no trabalho, e termino por topar as velhas oportunidades de sair da rotina com os amigos.

Nossa, que escambau de votos pra eu olhar depois e ver que nem tudo é possível na vida... bom, trancando mais uma agora, quem sabe né...

Smurf, otimista, cético e idealista!

sábado, 1 de setembro de 2007

São Paulo - 9 de Julho com a Paulista

"este sou eu
na esquina, de novo
tudo é tão novo quanto esta canção
?será que alguém presta atenção?"


Minha primeira tentativa de retratar SP aqui...
Ia juntar mais algumas dessa região antes, mas acho que agora ficarão mais raras as viagens pra lá. Esse lugar são como que as artérias da cidade em alguns sentidos, mas nem todos.

O túnel da 9 de Julho por baixo do MASP - Museu de Arte de São Paulo.

Um pouco mais de longe...
A vista perfeita mesmo eu tive quando estava perdido no canteiro central e então me deparei com o MASP, mas acabou ficando não registrado.

Ainda volto pra falar sobre "turistabilidade", mas fica já aqui a reclamação que um pouco de sabão e bucha (nesse caso mais tinta) ia bem pra cidade mostrar a imponência que já tem... ainda que a Itália também não seja lá de mil cuidados nisso.

Nossa, claro que não podia faltar mostrar um pouco de nossa puta agressividade propagandística (agora um pouco contida pela feliz proibição de out-doors pela cidade).

Uma ponte sobre a entrada do túnel, cujo nome não consegui saber...
... e reparem nas frestas e no lageado acima do túnel antes de prosseguir.

Vestígios de estabelecimento humano sob a ponte...
E as frestas mais de perto, como uma constante: espaço vazio vira espaço ocupado...
... seja ele coberto, seja ele a cobertura...
... e faltava um investimento em tentar re-inserir toda essa gente na sociedade.

Enquanto isso, nosso companheiro observa tudo do alto... =)

Praticamente ali do lado, já quase na Paulista.

E agora o MASP visto da Avenida Paulista.

De lado, quando subi dessa última vez.
Já reparem no predinho barrigudo lá adiante...

E, pra quem não conhece, aí está o Museu suspenso.

Mais MASP...

O prédio da FIESP (que já dava pra ver ao fundo da foto lateral do MASP).

Antenas, prédios... e gente, muita gente!
Bem no meio, o prédio da Gazeta.

Mais antenas, prédios e gente.

Isso é um pouco inédito... de novo falando sobre "turistabilidade"... "polícia" escrito em inglês na direita do posto.
Bom, se você puder ver em mais detalhes a foto, vai ver que esta será a única referência bilíngue. A plaquinha em azul sobre travessia de pedestres já dá o seu show ao ter uma figura que não ajuda em nada a compreensão de que a travessia é com sinal verde (conforme o texto nela).

As bandeiras da União e do Estado (pois que sim, e a primeira não é azul nem a segunda é de um país)... duas vezes... e dá-lhe antena e prédio!
Agora, pra falar um pouco sobre orgulho paulista, 9 de julho é um feriado exclusivo do Estado, em celebração à Revolução Constitucionalista de 1932, quando São Paulo (recém-marginalizado politicamente quando da entrada de Getúlio Vargas em 1930) lutou, literalmente, contra o resto do país.

agora senta e sussega!

Pois é... a coisa andou maluca e nem lembrei quando fez um mês da chegada. Andei procurando emprego, atirando pra tudo que é lado, pegando mais coisas do que obviamente poderia levar (claro que, ainda sim, menos do que já fiz no passado), e acho que ontem finalmente os desfechos finais do quadro ficaram decididos.

Desisti de uma matéria, talvez desista de outra e nem faça mestrado. Vou trabalhar numa empresa legal, e até agora tem soado como o melhor emprego que já tive - antes de mais nada pela seriedade com que as coisas são tratadas. São quadrados que nem eu com relação a fazer o que é certo (pensando bem, eu não sou um modelo nem disso... relevem levemente o "que nem eu", hehe), e gostei muito disso. E creio mesmo que não estariam prosperando se não fizessem as coisas dessa forma. Tivéssemos 100 empresas como aquela no Brasil, e eu estaria muito feliz patrioticamente.

De resto, mais um ano irei participar da Maratona. Prestei concurso público, e na torcida da demanda da Petrobrás ser um tanto maior do que a do último concurso (ou que alguns tantos desistam), quem sabe o Rio de Janeiro será a nova vítima desse blog (aguardem para ver São Paulo e a Unicamp...). Ainda não acredito que estou no inverno (na verdade ele já está meio que acabando), pois depois daqueles 6ºC, o máximo que tive que fazer foi usar uma blusa essa semana pelo vento frio depois das 21h00... E, por falar em desacostumado, puta campus gigante o da Unicamp! Acho que estava muito sedentário com minha vida mais urbana de antes. Ainda me acostumando também a chegar em casa à noite e não sair de novo.

Sentindo-me, também, um palhaço repetindo teoria de compiladores (bombei a parte prática lá) e sendo o primeiro a sair quando um exercício é dado. Sentindo, enfim, saudades de muitos amigos que dificilmente vou poder reunir de novo, mas contente por muitos outros que revi desde então. Ainda não tivemos "o torneio" de dominó, ou "o churras" da turma, mas deu pra tirar casquinha de ambas as coisas...

E se... tivesse ficado lá? Bom, dia 28 ou 29 teria havido algum post sobre como é trabalhar lá, sobre quase todo mundo ter ido embora, sobre as coisas estarem meio vazias; ou simplesmente sobre praia, não estudar e verão, hehe. Talvez tivesse aprendido bem mais coisas, talvez fosse - não digo melhor porque nada supera a vida erasmus, mas... - muito bom, mas acho que eu não sentiria mais alavanca nenhuma desse lado (bom, as alavancas de todos foram sempre mais artifícios do que nada, e claro que existem coisas reais, mas creio que às vezes somente elas não bastam para sustentar a razão tão longe de casa). Aliás, preciso falar decentemente sobre minha teoria das alavancas... mas primeiro preciso ler algumas coisas...

See ya!

domingo, 26 de agosto de 2007

where´d you go -- uma pequena longa história

Where'd you go?
I miss you so,
Seems like it's been forever,
That you've been gone.

Eu lembro umas vezes, há muito tempo atrás, quando a gente chegava na casa do pessoal pra sair ainda pro Clube Mercado; naqueles tempos do vinho-em-casa,tequila-2-euros, e imperial-de-1. Essa maldiçãozinha depressiva começava a tocar na MTV e a TV era desligada. Nenhum sinal de casa...

Casa... o que é casa? Lá eu até sabia - um lugar com cama, que você dorme todas as noites (ou quase todas elas), constante, certo, decisivo, articulação de tudo. Agora, casa... 2 casas... como é maluca essa coisa de 2 casas! Amigos disjuntos então, nem se fala! Casa... cada vez mais uma coisa aqui dentro, talvez aqui mesmo nessas letras brancas perante o fundo preto, muito mais de que em qualquer parte física. Mais presente ainda em cada amigo, principalmente naqueles que você reencontra mundo afora, cozinhando ou dominó adentro.

O que tinha sido minha "casa" aos sábados à noite senão o Bairro Alto? E que imagem não vem à minha mente quando durmo cedo nessas vésperas de domingo senão a da estação do Parque em direção à Baixa/Chiado depois de uma vagarosa espera olhando aquela constelação de azuleijos letrados?

Engraçado como os círculos sociais pareciam pequenos em Lisboa, mas agora creio que - além de uma certa diferença no modo como as coisas se dão e em como é vagarosa a aproximação das pessoas - parte dessa impressão na verdade seja culpa da má-navegabilidade do hi5, ainda mais quando boa parte dos portugueses têm nomes similares, e ver um amigo "joão" do seu outro amigo com uma foto estranha e perfil confuso acaba sendo pouco informativo pra inferir se você conhece mesmo a pessoa...

Entretanto ontem, em meio ao deslocamento entre minhas duas atuais "casas", tentei enumerar as pessoas que fizeram a coisa ter valido a pena, e de repente os dedos começaram a faltar... às vezes não é transparente o tamanho de uma vida em um ano, em quantas coisas entram - ou poderiam ter entrado se resolvêssemos partir do zero em alguma parte... e como a gente se acostuma com tanta coisa! E quando você passa a ser a média de tanta coisa diferente, você já não tem nada de ninguém, e então contempla o seu lugar antes de tudo isso, e parece que estão faltando algumas peças nas redondezas para você encaixar perfeitamente, como bloco de Lego...

O Sol, que um dia resolveu se pôr só depois das 21, pra fuder com meu dia de voltar pra casa quando anoitece porque isso passou a ser tão tarde que nem super-mercado aberto eu encontrava mais; esse mesmo Sol agora faz uma falta desgraçada, e às vezes eu me pego pensando que não dá pra fazer certas coisas porque ainda seria dia claro, mas - droga! - não, não é, sussega e pondera que põe sempre às 18, hehe.

O Sol, o Bairro, agora esse comichão desgramado de querer falar inglês de vez em quando...

" Eu sofro ser eu através disto tudo como ter sede sem ser de água. "
(preciso dizer quem é o mesmo autor ainda!?)

Where'd you go?
I miss you so,
Seems like it's been forever,
That you've been gone.
Where'd you go?
I miss you so,
Seems like it's been forever,
That you've been gone,
Please come back home...
Please come back home...
Please come back home...
Please come back home...
Please come back home...

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

TODA A CPMF PRO ENSINO FUNDAMENTAL!

Simples assim... não há maneira mais adequada de preparar o país pra atrair os investimentos necessários e transformá-lo.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

revendo amigos, e o almoço "trusting-base"

De volta a Campinas... agora não apenas em modo-texto! :o)

Essas primeiras fotos foram do dia que eu cheguei, ainda no fim de julho, na minha nova morada. Sobre a bagunça eu ainda não vou falar porque vou juntar algumas coisas de lugares anteriores pra aumentar a jocosidade.

Mais um colega de quarto computeiro e que não terminou o conservatório musical, Bob, o CACo e o Alan, meu sócio.

Bob Sponja brincando de surrealismo...

Yara e Maroneze marcando presença...

E até estou tentando adquirir uns hábitos saudáveis, tipo comer frutas (ou ao menos ter uma fruteira na mesa - abundância e preço barato você só se dá conta quando não tem...), mas essa idéia do T (esse aí da boininha francesa) de yakissoba com cerveja pra almoçar num dia tórrido campineiro só não foi mais assassina que o yakissoba da semana seguinte que depois de uma caminhada ao sol me nocauteou tarde adentro. :P

E depois de um jejum de quase um ano, de volta à frenesi de ir a show do Teatro Mágico com os amigos... Glenda, Pedrinho e a Tati; e na outra ainda o Leite e a amiga dele no meio. Obviamente que Campinas Hall é um péssimo lugar pra se ouvir letra de música, mas se você já sabe elas de cor, o que vale é a companhia (idem, mas com diferenças engraçadas, pro Kazebre em SP).


cozinhando por trusting-base

Quando se vive entre computeiros, até mesmo coisas tão inocentes quanto fazer comida em grupo tem potencial para desastre... O Alan ia cozinhar, mas mandou o Méson ir comprar, e ele meio perdido topou minha companhia pela crença mútua que talvez fizéssemos menos merda em conjunto... HAHAHA
Tudo o que aconteceu naquela pobre cozinha partiu da teoria do trusting-base, i.e., a gente partia da premissa que certas coisas eram ou estavam limpas, e que outras poderiam ser limpas a despeito da própria ausência de detergente em alguns momentos.
Claro que todo esse material não poderia ser divulgado antes de termos provado que fomos capazes mesmo em face de todo o desastre cometido...

"- Ei, Méson, essa esponja caiu no chão e você tá limpando a panela com ela?
- Não, claro que não... a panela está limpa! Eu estou é limpando a esponja nela..."

Esse seria o suposto engenheiro que assinaria o "projeto"...

E o terceiro, e obviamente não menos importante - muito pelo contrário! - elemento do grupo, com seu paladar apuradíssimo...

4 horas e muita gargalhada depois...
E chegado a esse ponto, nossa "base" passou a assumir que o que estava nesses recipientes era limpo e estava ok!

Fosse como fosse transportado...


... e a despeito que tenha caído ao chão antes de vermos de novo no dia seguinte na casa do Méson...

Afinal, o que importa é que eles também não viram...

E esse bando de porra-loca começa cedo e ainda te induz a levar cerveja próxima da validade...


E obviamente que não podia faltar aquele "momento-violão" no qual alguém (quem?) acaba dormindo de tanto que comeu, e o violonista se empolga e começa a tocar umas coisas que a gente não conhece, mas sempre sobra espaço pra Raul...

Mas a torta tava muito boa... :)