domingo, 30 de setembro de 2007

Telefônica maldita - pela reestatização da TELESP! (pode ser só pra reprivatizar boicotando a Telefónica!)

Hoje sentei antes de telefonar e meditei com calma para a atividade desgastante que teria pela frente: cancelar alguma coisa da Telefônica. Após várias musiquinhas, alguns atendentes ficaram brincando de ping-pong comigo me confundido entre qual RG e CPF eles queriam - se o do assinante ou o de quem falava, e SEMPRE SEMPRE SEMPRE perguntando a porra do motivo pelo qual queria cancelar aquela merda. Ofereceram até 50% de desconto por um ano porque eu disse que queria trocar de operadora. Por fim me direcionaram a um ramal interno e a atendente não entendeu como mandaram um cliente para ali e desligou na minha cara.

Liguei de novo. Não deixei passar da apresentação e disse tudo de uma vez só e que aquela era a última ligação antes de acionar a Anatel. Uau, nenhum redirecionamento! Nenhumzinho! Mas a moça, pobre coitada, tinha que cumprir as ordens de quem pagava o salário e disse que sem motivo eu não podia cancelar...

Olha, minha filha, eu não quero dar motivo pra cancelar e isso é direito meu. Eu sei que você tem um formulário aí na sua frente e que você é obrigada a preencher esse campo maldito como condição pra fazer o seu trabalho, e é por coisas como existir esse campo que faz vocês me atazanarem com essa pergunta que eu não quero mais o serviço dessa empresa. Tá bom esse motivo pra preencher aí? Olha, não é nada pessoal, desculpa.

Não demorou nada e ela me disse que eu só podia cancelar sem multa em alguns dias, claro que dizendo isso de uma forma completamente enrolada e só após a quinta repetição que disse claramente que isso significava apenas que eles sabiam que eu queria cancelar, mas apenas no dia X eu poderia ligar pra fazer isso sem pagar multa. Difícil, não?

E pra quem acredita que isso é porque é no Brasil, não se iluda: na Espanha os orelhões aceitam moedas mas engolem a moeda toda se você não usar (uma diferença de preço brutal às vezes), e até para os bombeiros a ligação é paga... tentei usar um cartão internacional que cobria lá com um 0800, e após digitar 080 o sinal travou esperando pagamento. Fiquei doido quando atenderam, mas perguntei com calma de onde era, e fiquei mais puto ainda.

O mais revoltando do absurdo que custa o Speedy é que as pessoas não sabem pelo que elas estão pagando... é pra usar o telefone! A sua linha residencial tem um limite de freqüência do sinal que permite a voz humana ser transmitida, mas limita a internet discada naquela velocidade porca que a gente tinha nos modens. Isso porque o resto da banda (digamos que os outros 250 canais com tamanho igual a esse que você tem pra telefonar) são usados pra ADSL. Porcamente falando, isso quer dizer que eles não gastam um tostão com a rede, já que quem paga por ela desde os tempos da TELESP tem sido o assinante de linha residencial - ISSO MESMO, MEU CARO: a sua assinatura e os preços elevados justificados na época da privatização sob o pretexto de "universalizar o serviço" serviram também pra eles agora terem com o que te vender internet mais rápida! ;)

Bom, quem já foi atazanado para assinar e pensou a respeito, saiba que a pressão é a mesma pra assinar e pra não parar de assinar, com a diferença que eles não querem falar com você muito bem quando é pra cancelar. Isso pra não falar em ter que pagar pelo provedor (ótima mamata já que ela é dona do Terra, não?). Pensando ingenuamente que quem te dá acesso à internet é o provedor mesmo (ingenuamente, por favor!), então aquilo que você paga pra Telefônica é somente pra poder usar aquilo que já deveria vir com o telefone (claro, sem contar pulsos ou minutos - apesar que você só usa isso para acessar a central da própria e querida Telefônica!).

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Live or Leave the Dream - 1 ano se passou!

Um ano atrás eu joguei essa frase aqui, lá da biblioteca do IST, ainda meio alucinado de não ter dormido no vôo, ter passado o dia todo atrás de acertar as coisas, com aqueles olhos vermelhos de quem dorme sentado no ônibus e fica com uns lapsos de memória do dia "semi-perdido". Bom, ao menos assim mal tive problemas com o fuso porque acordei bem no sábado. Ainda nesse dia conheci um cara que abriu a porta a pancadas para atender à senhora que cuida da residência, com uma cara de quem estava um tanto passado, meio maluco... pois bem: foi meu colega de quarto nos 10 meses seguintes. Incrível que tanto este quanto todos os companheiros de verdade que conheci por lá eu não dei a mínima da primeira vez que vi - fossem de onde fossem. Alguns tive até uma péssima impressão, que nem o polaco que parecia um computeiro tarado e perdido, mas que foi um cara pra vagar por muitas noites resmungando sobre muita coisa em comum (bom, programar em Java era uma coisa só dele, e falar português era uma coisa só minha, hehehe). Pra não falar de tantos outros... paraibanos, paulistas, africanos, mineiros, e por aí vai...

Mas eu joguei essa frase aqui... e não disse sobre ela mais nada ali. Talvez porque sonho seja isso mesmo: escolha. Você se afunda em alguns pois só assim vai consegui-los, e eu joguei umas coisas bestas que me faziam muito sentido (como me formar logo, partir pro mestrado etc) e fui para um país que conhecia vagamente, sem nem saber direito como o IST era... Fui tentar parar de assistir tanto e viver mais a vida, como alguém havia me dito antes. Voltei com mais incógnitas do que tinha quando fui. Voltei sem muitos planos definidos, com muitas vontades, dividido, confuso sobre as pessoas, confuso sobre mim, mas com uma espécie de - digamos - "sobriedade mental", de não querer acreditar em muita coisa mesmo. Ainda sim na volta perdi noites de sono surpreendido pelo óbvio, cheguei à conclusão de que talvez esse negócio de computação não seja pra mim mesmo, mas que ainda deve ter muito chão pela frente antes de eu ter alguma conclusão para tirar.

Bom, mas era um intercâmbio, não era? Se eu estudei, aprendi, e coisa e tal? Sim, claro! Talvez tenha falhado em uma matéria das sete, mas fiz bastante pelas outras, porém creio ainda que a escola do intercâmbio seja mais outra! Por exemplo, e engenheiramente falando, Álvaro de Campos: antes de ir já gostava bastante, lá continuei esse "vício", e agora na volta entendi uma das últimas paradas dele que ainda me passavam meio distantes- o "cansaço":

" O que há em mim é sobretudo cansaço —
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A sutileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas —
Essas e o que falta nelas eternamente —;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimno, íssimo, íssimo,
Cansaço... "

Nesse tempo também resolvi dedicar mais tempo para escrever, de várias formas, mas sobretudo em verso. Eu cá comigo acho que proso melhor do que verso, mas mesmo assim proso muito mal. Mas bem pelo mal, não acredito que a prosa seja tão frutífera e bela, então prefiro perder meu tempo indefinidamente com poesia que nunca termina, hehe. Certa vez comecei a escrever algo - obviamente de madrugada na minha escrivaninha - e aquilo ficou feio (como todo o resto, que sempre fica), mas gostei tanto da última estrofe que achei que ela merecia outras melhores para por junto. Bom, foram sete meses nisso, terminando quando faltavam dois meses para voltar - já o chamava de "comedor de batatas", lembrando do quadro que frustrou e tomou muito tempo de Van Gogh. Essa e mais outras, e todas tão pessoais quanto vagas, que desanimo de jogar aqui. Algumas mesmo ganham novo sentido com fatos que sequer existiam quando de sua criação. Diria que sou adepto da escola do "pessoalismo multi-uso", semeada pelas letras vagas mas específicas de Renato Russso, mas eternizada definitivamente por "Meu Erro" do Herbert Viana. Alguns leitores já viram qualquer coisa, e acho que o maior "elogio" foi quando alguém me disse que nunca esparava algo tão profundo vindo de um computeiro.

Mas eu não só escrevi... acho que também vivi. Sobre aquele lance dos carecas, bom, não sei qual foi o grau de influência, mas tenho sido bem-sucedido aplicando as TIPPQNF em mim mesmo! :D

Também andei muitos dias pensando na vida, nos últimos tempos lá no alto do Parque Eduardo VII, e queria mesmo colocar um poema besta que fiz naqueles tempos sob influência dum escritor contemporâneo meio perdido, mas não está comigo hoje. Olhar fotos desses dias vagando, ou mesmo fotos da galera reunida naqueles tempos hoje me dão um vazio absurdo. Não são os lugares em si, pois o que os lugares me lembram são a mim mesmo em algum estado anterior, e porque sempre eles estarão lá (ok, se você é idiota e quer contestar isso, digamos que a chance é que ambos sumamos antes do lugar sumir, ok? =P); mas a preciosidade dos amigos, essas condições agora serão sempre no máximo parciais porque cada um foi para um canto. Bom, em breve outros tantos daqui se irão, e vamos ficar todos nessa merda viciante chamada internet fuçando orkuts, blogs, mandando mensagens enquanto não nos cansarmos da frequencia, e então iremos diminui-la, ainda que com surtos repentinos de aumento, mas sempre tendendo ao sumiço, pois a solidão é uma certeza que quem assume que virá, a todos, sempre, torna-se mais forte. Tenho todos aqui comigo, mesmo os mais distantes, os que nunca tem tempo, os que não consegui encontrar, ou os que vieram só pra me ver em alguma parte e depois ir embora - todos! Mas é tudo mudança, é tudo movimento, é tudo esse grande vazio sendo completado por boas lembranças que valerão reunirmos um dia mesmo os mais ocupados só para rir de novo contando a velha e mesma história, caso isso seja possível, ou mesmo se não puder ser, parafraseando nosso camarada lisboeta acima citado.

Hoje acho que só lembrei da data porque tinha um monte de europeu no bumba que peguei pra SP. Durante algum tempo fiquei tentando advinhar pelo inglês de onde eram e ficou claro que uma falava francês como materna, havia uma italiana, e um lá cheirava a espanhol (não que espanhol cheire bem, afinal os argentinos vieram de algum lugar, e os portugueses bem o sabem! hehe...). Olhei aquela galera, aquela digital alucinada rodando e batendo fotos, e lembrei do fim do filme mais-do-que-citado por quem volta, e que terminava mais ou menos nisso: sempre que você ver um grupo muito sorridente e de bem com a vida, são eles os "erasmus"! :0)

Mas sabe do que mais?

We have to move faster and faster to know where we belong
We need to move faster and faster to know where we must go

A cada leitor deste blog, porta-te bem! ;)

domingo, 23 de setembro de 2007

Primavera 2007

Tenho uma vaga impressão... que essa estação já veio.
E, inclusive, que já passou!
hehehe...

Pra lembra um pouco saudosamente, o fim do outono em Lisboa... adoro essa imagem (com exceção da propaganda perto do ponto do bumba... mas isso faz parte da nossa realidade...)
(Avenida da Liberdade, depois da Marquês de Pombal, vista de baixo pra cima).


E essa é do fim da primavera que me parecia já ter passado esse ano, hehe...
(Avenida 5 de Outubro, bem perto de minha antiga casa, no dia da véspera de Santo António).


Sabe, pra falar um pouco do assunto...
Muito me perguntava e muito enchia o saco de quem já havia passado por isso... como devia ser a volta? Pensava mesmo que seria uma coisa maluca, triunfal, triste, ou sei lá o que. No fim foi tão normal, e depois dela o meio todo parecia conspirar para eu ser como antes... Bom, deve ser assim com todo mundo. A questão é que devemos lutar por aquilo que ganhamos, para não sermos os mesmos de antes, para prosperarmos diante da experiências.

Lisboa faz falta... sinto muita falta de muita coisa, mas fico muito feliz de ter voltado também. Incomoda que às vezes parece que tudo foi só um sonho, mas não foi: quero mesmo é manter a lembraça desses tempos, dos amigos, de tudo!

sábado, 22 de setembro de 2007

Unicamp NP-Rosa-Choque nas finais!

Bom, faz tempo que eu não mando nada, mas a coisa anda meio corrida. Hoje conseguimos algo legal e cada vez mais difícil, que é passar pras finais nacionais da Maratona de Programação. Foi a primeira vez que a regra de 2 times por escola não eliminou um time da Unicamp na regional, já que o nível tem subido, mas fiquei admirado com a marca do nosso terceiro melhor time, formado basicamente de bixarada que até ano passado mal sabiam programação.

Agora é treinar pra BH, que é a minha última participação!



Detalhe da foto do nosso primeiro treino como time, na USP em agosto: foi a primeira vez que eu vi o Malk programando, e em C++, hehe. Tô curtindo a equipe bastante, e aprendido muito sobre meus erros nessas coisas. Essa competição ensina muito sobre trabalhar em grupo sob pressão!

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

um cartão por um sorriso :)


Ultimamente algumas pessoas tem me lembrado o que eu tanto sentia saudades quando estava longe...

sábado, 8 de setembro de 2007

o dia antes da independência... descrito um dia depois dela!

O que é o homem um dia antes do dia de sua independência - seja qual independência a referida for? E o que tanto muda dali em diante? E, acontecidas tantas, como que mais uma vai mesmo fazer diferença?

Entre um post e outro da madrugada iniciando um dia que pensei demais em tudo, andei a esmo com mais dois outros por horas. Por momentos contemplamos a lua, rasa, e por essa razão grande e amarela, atrás do alambrado da FEF. Parecia dar pra ouvir o silêncio dela, e ele dizia tudo o que eu precisava ouvir, talvez... e dormi de exausto. E foi assim no dia que nasceu, e foi assim no dia seguinte. E então, o dia da independência já havia sido, e em minha mente alguma coisa se clareou em meio a tanta gente se empurrando na 25 de Março, pra talvez perceber que o meu negócio é completamente outro.

"É"... e não digo "era"... porque tudo o que veio antes escreve o que vem a seguir. De repente eu entendi o meu fim de "Albergue Espanhol" porque acho que eu entendi o que eu tanto procurei: acho que tenho que pegar esse meu diploma e fazer uma coisa completamente nova da vida. Agora que já sei o quê, fical mais fácil tentar achar!

cabo-verdeanos!

Hoje conheci um casal cabo-verdeano no trem. Me assombrei com a forma como passaram a falar português brasileiro assim que eu perguntei, e foi assim que eu entendi o motivo de nunca ter percebido nenhum africano aqui... por não serem tantos, habituam-se mais à nossa versão do idioma e só entre si que falam o deles - que é o mais diferente do brasileiro e do português que existe... tem palavras que parecem ser fusão de outras, uma velocidade muito maior e coisa e tal: acho mesmo que o angolano e o moçambicano (ironicamente países bem mais distantes de Portugal) parecem muito mais com o português de Portugal.

Descobri mesmo que moram muitos aqui em Santo André, e que ia rolar uma festa típica deles em Utinga hoje. Certamente que um dia vou querer conhecer o lugar... mesmo que uma vez que você tenha sido estrangeiro num país com a sua própria língua, sente um certa proximidade de todos os outros na mesma condição (e, claro, das pessoas do próprio local, de outras formas...). Dividir a mesma língua e entender suas variações é muito massa - foi legal finalmente começar a acertar na minha "chutologia" lingüística.

Odeio prometer coisas e depois talvez não achar tempo de fazê-las, mas ainda vou falar de uma dança típica deles aqui... que vi lá em LX.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

jogando

nada nada
é sempre uma questão de onde afundar
ficar na superfície é ser nada
quem bóia é merda

"todo mundo chora na formatura"

Bom, essa é mais uma frase enigmática dita por mais de um colega de quarto, pra fazer par com aquela "olha, é a primeira vez que fazes anos na primavera", ou o "come, muleque!" - este porque eu vivia gripado me alimentando mal e varando noites labutando (ou será que ainda faço isso!? - aliás, encontrei de novo com o Ivan e ele me repetiu isso quase com a mesma razão, hehe).

Bom (de novo "bom"... isso não é nada bom!), vamos falar sobre as pitangas que geraram essa nova frase enigmática de colega de quarto.

Eu tava lendo este post do blog do Tomás, que cita um post meu e ainda me fez lembrar os motivos pelos quais resolvi não tentar ficar por lá...

Basicamente, eu tinha aspirações futuras que requeriam meu retorno para se concretizar. Parecia até lembrar de quando disse aquilo a ele meses atrás, do que me tinha em mente. Olha ("olha" é quase "bom"... mas demonstra uma vaguidão menos repetitiva, hehehe), acho que (mais vaguidão!!!) os objetivos podem ser levemente os mesmos agora, mas as razões de crer nesses objetivos são bem outras. Acho que quase conseguir um emprego diferente me fez pensar sobre como eu posso mudar de várias formas minhas possibilidades, e pensar e refletir em conjunto me fez acreditar muito mais que o caminho da empresa que estou tentando abrir com meu camarada está bem acertado.

Pra não perder tempo adaptando, vou citar o resto do comentário que deixei por lá...

" Sabe, meu velho, a questão é que muitas vezes não há muita razão em nada... há qualquer coisa que eu ganhei mas perdi do outro lado do Atlântico, ficou por lá, e eu mal sei precisar o que é.

Essa sua nova fase não tem necessidade de ser uma 3ª rodada das mesmas coisas porque você não está fazendo exatamente as mesmas coisas, e nem perto disso, se pensar bem. Talvez no fim desse período você perceba que seria imaturidade ter seguido um impulso de voltar antes, que ganhou muito por um tempo a mais... eu, pelo menos, senti isso quando me vi voltando - comparado com o cara maluco pra voltar bem no meio do tempo de estadia! "

A real, a real mesmo é que a "festa" acabou... começou nessa semana o meu novo desafio - trazê-la para aqui (o que, claro, não precisa significar viver irresponsavelmente, mas minimamente não tentar tantas coisas ao mesmo tempo para conseguir aquilo que vale à pena antes de mais nada...). Começo por desistir por hora de mestrado ou matérias de mestrado, passo por deixar o trabalho no trabalho, e termino por topar as velhas oportunidades de sair da rotina com os amigos.

Nossa, que escambau de votos pra eu olhar depois e ver que nem tudo é possível na vida... bom, trancando mais uma agora, quem sabe né...

Smurf, otimista, cético e idealista!

sábado, 1 de setembro de 2007

São Paulo - 9 de Julho com a Paulista

"este sou eu
na esquina, de novo
tudo é tão novo quanto esta canção
?será que alguém presta atenção?"


Minha primeira tentativa de retratar SP aqui...
Ia juntar mais algumas dessa região antes, mas acho que agora ficarão mais raras as viagens pra lá. Esse lugar são como que as artérias da cidade em alguns sentidos, mas nem todos.

O túnel da 9 de Julho por baixo do MASP - Museu de Arte de São Paulo.

Um pouco mais de longe...
A vista perfeita mesmo eu tive quando estava perdido no canteiro central e então me deparei com o MASP, mas acabou ficando não registrado.

Ainda volto pra falar sobre "turistabilidade", mas fica já aqui a reclamação que um pouco de sabão e bucha (nesse caso mais tinta) ia bem pra cidade mostrar a imponência que já tem... ainda que a Itália também não seja lá de mil cuidados nisso.

Nossa, claro que não podia faltar mostrar um pouco de nossa puta agressividade propagandística (agora um pouco contida pela feliz proibição de out-doors pela cidade).

Uma ponte sobre a entrada do túnel, cujo nome não consegui saber...
... e reparem nas frestas e no lageado acima do túnel antes de prosseguir.

Vestígios de estabelecimento humano sob a ponte...
E as frestas mais de perto, como uma constante: espaço vazio vira espaço ocupado...
... seja ele coberto, seja ele a cobertura...
... e faltava um investimento em tentar re-inserir toda essa gente na sociedade.

Enquanto isso, nosso companheiro observa tudo do alto... =)

Praticamente ali do lado, já quase na Paulista.

E agora o MASP visto da Avenida Paulista.

De lado, quando subi dessa última vez.
Já reparem no predinho barrigudo lá adiante...

E, pra quem não conhece, aí está o Museu suspenso.

Mais MASP...

O prédio da FIESP (que já dava pra ver ao fundo da foto lateral do MASP).

Antenas, prédios... e gente, muita gente!
Bem no meio, o prédio da Gazeta.

Mais antenas, prédios e gente.

Isso é um pouco inédito... de novo falando sobre "turistabilidade"... "polícia" escrito em inglês na direita do posto.
Bom, se você puder ver em mais detalhes a foto, vai ver que esta será a única referência bilíngue. A plaquinha em azul sobre travessia de pedestres já dá o seu show ao ter uma figura que não ajuda em nada a compreensão de que a travessia é com sinal verde (conforme o texto nela).

As bandeiras da União e do Estado (pois que sim, e a primeira não é azul nem a segunda é de um país)... duas vezes... e dá-lhe antena e prédio!
Agora, pra falar um pouco sobre orgulho paulista, 9 de julho é um feriado exclusivo do Estado, em celebração à Revolução Constitucionalista de 1932, quando São Paulo (recém-marginalizado politicamente quando da entrada de Getúlio Vargas em 1930) lutou, literalmente, contra o resto do país.

agora senta e sussega!

Pois é... a coisa andou maluca e nem lembrei quando fez um mês da chegada. Andei procurando emprego, atirando pra tudo que é lado, pegando mais coisas do que obviamente poderia levar (claro que, ainda sim, menos do que já fiz no passado), e acho que ontem finalmente os desfechos finais do quadro ficaram decididos.

Desisti de uma matéria, talvez desista de outra e nem faça mestrado. Vou trabalhar numa empresa legal, e até agora tem soado como o melhor emprego que já tive - antes de mais nada pela seriedade com que as coisas são tratadas. São quadrados que nem eu com relação a fazer o que é certo (pensando bem, eu não sou um modelo nem disso... relevem levemente o "que nem eu", hehe), e gostei muito disso. E creio mesmo que não estariam prosperando se não fizessem as coisas dessa forma. Tivéssemos 100 empresas como aquela no Brasil, e eu estaria muito feliz patrioticamente.

De resto, mais um ano irei participar da Maratona. Prestei concurso público, e na torcida da demanda da Petrobrás ser um tanto maior do que a do último concurso (ou que alguns tantos desistam), quem sabe o Rio de Janeiro será a nova vítima desse blog (aguardem para ver São Paulo e a Unicamp...). Ainda não acredito que estou no inverno (na verdade ele já está meio que acabando), pois depois daqueles 6ºC, o máximo que tive que fazer foi usar uma blusa essa semana pelo vento frio depois das 21h00... E, por falar em desacostumado, puta campus gigante o da Unicamp! Acho que estava muito sedentário com minha vida mais urbana de antes. Ainda me acostumando também a chegar em casa à noite e não sair de novo.

Sentindo-me, também, um palhaço repetindo teoria de compiladores (bombei a parte prática lá) e sendo o primeiro a sair quando um exercício é dado. Sentindo, enfim, saudades de muitos amigos que dificilmente vou poder reunir de novo, mas contente por muitos outros que revi desde então. Ainda não tivemos "o torneio" de dominó, ou "o churras" da turma, mas deu pra tirar casquinha de ambas as coisas...

E se... tivesse ficado lá? Bom, dia 28 ou 29 teria havido algum post sobre como é trabalhar lá, sobre quase todo mundo ter ido embora, sobre as coisas estarem meio vazias; ou simplesmente sobre praia, não estudar e verão, hehe. Talvez tivesse aprendido bem mais coisas, talvez fosse - não digo melhor porque nada supera a vida erasmus, mas... - muito bom, mas acho que eu não sentiria mais alavanca nenhuma desse lado (bom, as alavancas de todos foram sempre mais artifícios do que nada, e claro que existem coisas reais, mas creio que às vezes somente elas não bastam para sustentar a razão tão longe de casa). Aliás, preciso falar decentemente sobre minha teoria das alavancas... mas primeiro preciso ler algumas coisas...

See ya!