sábado, 27 de outubro de 2007

Tropa de Elite versão Computação Unicamp

Moral da história: até que há vinhos chilenos bem iguais aos portugueses. ;)
Fruto de um trabalho árduo até as quase 3 da manhã de uma quinta pra sexta, T como Capitão Nascimento, Hanson como recruta, eu na câmera, e o Miguel rindo do meu lado.



- Tá com medinho de overflow, sr 08? Porque o sr. tá com medinho de overflow, o turno inteiro vai ficar sem memória!!!



- Programando em notebook sem bandoleira, meu amigo?

Faltou colocar no meio "nem o MIT treina computeiros que nem os nossos". :P

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

sumido é pouco!

Certo disse meu amigo (que parece sempre um pouco à frente do meu raciocínio): devia ter ido bem devagar nesse semestre. Estou sobrecarregado - pra variar um pouco - e uma das coisas que mais gosto de fazer, que é despejar coisas aqui, tem sido MUITO deixada de lado. Estou trabalhando, estudando as matérias que não tranquei, e despejando boa parte do tempo que resta na minha última chance na Maratona de Programação. Viagens? Sim, sonho com algumas pra depois dessa correria toda. Ainda nem revelei as fotos do ano fora, ainda nem pendurei as reproduções de quadros que trouxe, ainda nada!

Tenho impressões a dever aqui sobre minha volta, em vários sentidos. Essa semana mesmo tive a impressão que tive a impressão errada de muita coisa... na verdade fiquei muito chateado com a estupidez com que me pediram um favor (favor foi eu fazer, já que não me pediram como favor, apesar que é o tipo de coisa que não se nega, e ainda estou esperando pelo "obrigado", já que o "de nada" eu já dei), e eu mesmo tenho andado que nem um maluco batendo ponto nos lugares e tentando resolver o que vem pela frente que deve haver gente por aí fula comigo também (talvez não tanto, vá lá, eu tenho modos! :P).

Ainda sobra algum vago tempo pra viver, no qual eu evito ficar muito na frente do computador porque minha vista andou meio cansada (sei lá se é esse o termo, mas tava ruim, hehe), e é por aí que se vai...

(quando eu não quero, não há como concluir mm)

domingo, 14 de outubro de 2007

Fé, esperança e amizade

Vidas perfeitas não precisam de nada. Afinal - e por definição - são perfeitas, irritantemente corretas e perdidas em alguma mente maluca desligada da realidade (será em algum hospício? I´m afraid not!)

Para todos os outros casos, existem essas 3 coisas aí em cima.

Deparadas com as coisas que acontecem na vida, as pessoas usam-nas como dá: elas têm fé de que aquilo que vêem não é o real, ou elas têm esperança que esse real mude, ou elas têm amigos aos quais perguntam se isso tudo é normal. Uma certa vez um certo alguém comparou já a primeira a menos que um grão de mostarda, e por aí você já percebe o castelo de cartas que faz essas coisas tão necessárias.

Outro alguém disse (ou acho que eu adaptei de um dito similar) que amigo é aquele em quem você deposita um dos lados de uma discussão sua consigo mesmo para defender apenas o outro lado na esperança de acreditar que era isso que queria desde o começo e meter no seu pobre amigo a culpa da sua dúvida.

Pobres amigos. Eles escrevem broncas quilométricas se você está a meses de distância fazendo "aquela" cagada. Mas eles também te convencem com papo furado que estão dando murro na ponta de faca, e você não pode simplesmente repetir isso de volta sem se passar por insensível. Amizade é um penico de prazeres e camaradagem mesmo... mas pergunte a alguém se ele repetiria de volta: se eu fizer isso, a pessoa não vai mais contar comigo - é o que diriam.

Tem dias que a gente acorda e a vontade é tacar todo o conteúdo daquele penico no ventilador, por a mão nos dois ombros da pessoa e falar: acorda! E tem dias que alguém faz isso com a gente. Dá uma puta raiva. Uma vez isso me deixou tão puto, mas tão puto, que a pessoa realmente conseguiu fazer eu ir adiante, e olha que até ali nunca havia dito nada sequer perto.

Esse lance do penico é uma arte em ser seco, em ser sarcástico, e ser até mesmo um pouco idiota. A maior preocupação é sempre do caso dele ser traiçoeiro e virar na nossa própria cabeça. Outro dia mesmo tentei usar essa técnica com moderação, e acho que piorou a coisa porque pareceu servir de vacina contra doses maiores.

Merda, viu...

domingo, 7 de outubro de 2007

vândalo maldito! (e um adendo de "erramos"...)


Hoje cedo invadiram o d'Orsay e sacananeram com o Monet acima (La Pont d'Argenteuil)!

O que um artista frustrado (com certeza deve ter sido!) não é capaz de fazer pela cabecinha de merda que tem...

Estava lá, praticamente ao alcance da sua mão, justamente pra sentir a realidade daquilo. Pode parecer um absurdo pra alguns isso, bem como ônibus ou metrô sem catraca, mas essas coisas podem funcionar muito bem se as pessoas interiorizam suas responsabilidades (salvo o caso de um FDP desses).

Bom, fica retificado que não era Seurat, como eu mencionei antes aqui, hehe.

sábado, 6 de outubro de 2007

indas, vidas

QUE JÁ NASCEMOS PARA TER AO MENOS DUAS PESSOAS

OU PARA DESDE CEDO LAMENTAR SUA AUSÊNCIA


ESSA DICOTOMIA QUASE CERTA PARA CADA DUAS PESSOAS

DE SABER QUE UM VAI SE IR ANTES

QUE O OUTRO VAI FICAR PARA CONJUGAR O VERBO NO SINGULAR


E DE TANTOS QUE POR NÓS PASSARÃO...

DA CERTEZA DE QUE ALGUNS NOS DEIXARÃO

E A OUTROS NÓS É QUE DEIXAREMOS


E QUANTO MAIS TIVERMOS, MAIS TEREMOS A PERDER À MORTE

MAS QUANTO MENOS TIVERMOS, MAIS TEREMOS A PERDER À VIDA


E SE NÃO FOR À MORTE TÃO CEDO, SERÃO OUTRAS AS DISTÂNCIAS

OU MESMO A MORTE DO QUE UM DIA SIGNIFICOU

E TODAS AS FORMAS DE SE PERDER PORQUE UM DIA TEVE


E HAVERÃO OS QUE IRÃO VIVER DE PENSAR NAS PERDAS

DIANTE DAQUILO PELO QUE AMANHÃ LAMENTARÃO, A LAMENTAR PELO QUE ONTEM TIVERAM

E OS QUE DELA SE ESQUIVARÃO

NÃO FAZENDO MELHOR PELO DE HOJE PORQUE O ONTEM FICOU DISTANTE

E OS OUTROS...


MAS QUE OUTROS?

ONDE ESTÃO OS OUTROS?

QUEM SÃO OS OUTROS?

ALGUÉM SABE DESSES OUTROS?


E DESSA GRANDE SAUDADE QUE ENGOLE EM SI CADA LUGAR EM QUE JÁ SENTÍAMOS SAUDADE DO QUE VEIO ANTES?

ANTES, ANTES, ANTES... ANTES MESMO DE SABER... O LUGAR ONDE TERÍAMOS FEITO TUDO EXATAMENTE COMO JÁ FIZEMOS... ANTES!

(Thiago Serra)


A Criança em Ruínas

Antes de sair jogando as besteiras que escrevo, vou lembrar um pouco de como conheci o autor que me fez escrever o post que vem logo a seguir (bom, na ordem do blog, vai ficar por cima deste na visualização, hehe). Chama-se o gajo José Luís Peixoto. Da primeira vez que ouvi falar dele foi sentando num ponto de ônibus no Largo do Saldanha no meio de uma madrugada de sábado pra domingo, conversando com uma gaja chamada Ana da segunda (de cinco vezes) que a veria. Foi mais um daqueles papos pra perceber que brasileiros e portugueses tem um problema muito parecido, mas diamentralmente oposto: eles vivem de passado, e a gente de futuro (pois é, ninguém fica no presente!). Ela me mostrou a contracapa do livro que ele tinha autografado pra ela:

na hora de pôr a mesa, éramos cinco:
o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs
e eu. depois, a minha irmã mais velha
casou-se. depois, a minha irmã mais nova
casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje,
na hora de pôr a mesa, somos cinco,
menos a minha irmã mais velha que está
na casa dela, menos a minha irmã mais
nova que está na casa dela, menos o meu
pai, menos a minha mãe viuva. cada um
deles é um lugar vazio nesta mesa onde
como sozinho. mas irão estar sempre aqui.
na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco.
enquanto um de nós estiver vivo, seremos
sempre cinco.

Deixou ele na minha mão, o ônibus chegou (depois de um looongo tempo), e eu fui despedir dela com um abraço de quem não veria mais (a vida pode dar muitas voltas, mas não deixa ainda sim de ser bastante curta, e se tem uma coisa que eu tento "aprender" é a não insistir batendo a cara na parede - apesar de ainda ser bastante tolo para fazê-lo com freqüência!), mas ganhei um beijo meio inusitado e alguém fugiu falando que o livro eu devolvia em outra ocasião (essa sensação de última vez e única chance mexe com a cabeça das pessoas, hehe).

Bom, assim pelo menos eu descobri o segundo nome dela lendo a dedicatória. Acho que consegui ler um terço do livro antes de devolver. Obviamente que metade de tudo que é impulsivo é puramente impulsivo, e esse livro quase voltou comigo pelo chá de sumiço que ela deu. Ainda vi ela uma última vez puramente sem querer na minha última noite no Bairro Alto. Ela disse que depois ia ao Mezcal encontrar a gente, e obviamente eu não esperei por ela porque não ia aparecer mesmo...

Maaas, voltando ao nosso "cara", eu li aquile primeiro terço, tinha até uma interessante tangendo a "Tabacaria" de Álvaro de Campos, e tudo o que eu podia imaginar era um senhor de idade avançada, lamentando por uma vida passada, e não um cara uns 11 anos mais velho do que eu e que publicou aquele livro antes dos 30. Fiquei um pouco passado com essa constatação, mas estado de espírito não refleto muito o físico mesmo!