sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

TIPPQNF v.7: O segundo nacionalismo (a saga dos banzos de casa continua!)

3 meses no velho mundo... e bota velho nisso! Tem lugares que o imperativo historico demanda que as casas permaneçam lah, quase caindo na cabeça das pessoas, soh para retratar um tempo que nao volta mais. A historia eh importante... mas o futuro precisa vir tambem. Portugal me faz pensar muito no saudosismo e no sentimento de progresso nacional, tanto lusitano quanto brasileiro. Bom, mas antes de querer falar de lah, vou ao mote do dia.

Minha teoria hoje eh sobre individuos perdidos em terras estrangeiras. Eles chegam tentando se livrar de todos os lugares comuns sobre o novo lugar, receptivos e contentes pelas oportunidades que se abrem. Passado algum tempo, obviamente conhecem pessoas diferentes daquelas que foram tao receptivas antes, passam raiva, falam ingles para serem bem tratados, depois falam sua propria lingua ligando o botao do "foda-se", falam mal, falam bem, e no fim nem querem mais pensar se aquilo tudo tem algum sentido ou nao. Passam a viver na jocosidade ou na busca por nativos amigaveis. Com o tempo conseguem exito.

Um dia eles saem desse pais e vao a um terceiro, e encontram lah com tupiniquins como eles, acolhidos nesse terceiro, e se descobrem defendendo o pais que os abrigara. Indo pro pau a decidir qual pais tem o melhor vinho, soberania militar e o caralho a quatro. Claramente, um individuo assim fica abismado: Entao agora estou defendendo aquela terrinha? Enchendo o saco de falar bem dela? Ou desdenhando seus defeitos com o mesmo deboche que do meu proprio pais de origem? Nesse momento, mergulhado nessa passionalidade, nao ha mais duvida que aquele segundo pais virou segunda casa.

Claro que segundo nunca se atreve a ser primeiro, mas sai do anonimato. E dah prerrogativas de falar mal abertamente, uma vez que nao eh mal propriamente dito, mas passa a ser critica construtiva. =D

Se o positivismo encharça nossos conterraneos, que pelas ruas animam que o Brasil eh o pais do futuro (mas nunca do presente!); o saudosismo lusitano naum deixa pra tras. Deviamos abolir aquele "ordem e progresso" da nossa bandeira, e lah deveriam esquecer das caravelas de outros tempos. Alardear o passado faz tao mal quanto ufanizar no futuro. Em meio a duas culturas sem olhos para o presente, dois paises sem saber qual a formula do crescimento, esse aspecto ganha muita importancia. Afinal, achei guias em chines em todos os museus que visitei, mas nenhum em portugues. Mataremos juntos essa lingua? Espero que nao.

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