domingo, 9 de abril de 2006

Nossos Passos Mudos de Reticência

" Ela entrou e eu estava ali
Ou será que fui eu que ali entrei Sem sequer pedir
A menor licença?
Ela de batom caqui Com os olhos olhava o quê?
Eu não sei
Olhos de águas vindas
De outros oceanos
Ela me olhou - Quem? Quem sabe com ela
Eu teria as tardes
Que sempre me passaram
Como imagens, como invenção!
Se eu não posso ter
Fico imaginando
Ela amou o que estava ali
Ou será que foi dela o que eu já amei
Como os laços fixam
Uma residência?
Ela: Alô!? E eu não reagi
Com os olhos olhava o que eu lembrei
Quando andava indo
Em outra direção
Ela me olhou - Vem!
Quem sabe com ela
Eu veria as tardes
Que sempre me faltaram
Como miragens, como ilusão!
Se eu não posso ver
Fico imaginando
Ela andou e eu fiquei ali
Ou será que fui eu que dali mudei
Com uns passos mudos
De uma reticência?
Ela me olhou bem
Quem sabe com ela
Eu teria achado
O que sempre me faltava
Cores, colagens, sons, emoção!
Se eu não posso ser Fico imaginando
Virá com ela que entrega
Virá, sim, assim virá que eu vi
Virá ou ela me espera
Virá, pois ela está ali "
Ali
(Samuel Rosa / Nando Reis)


Uma reflexão sobre as burrices que fazemos...
...sobre as coisas que não fazemos!
Sobre como podemos sentar e ver nossa vida passar sem mergulhar de cabeça nela.
Sobre como nunca teremos certezas absolutas ou controle o suficiente para não nos arriscarmos se mergulharmos.
Sobre como não mergulhar também é arriscar passar uma vida sem sentido.

Sobre como, mesmo assim, sempre existir uma nova chance para mergulharmos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Frango, você andou fumando maconha!? Que post mais sem sentido é esse? Quando você fica aí em Campinas de vez vir pra Santo André escreve uns post estranho. Acho que não é bom você ficar sozinho aí.

Abraço