sábado, 18 de agosto de 2007

Saudades de Maria, e de tudo o que já nem nela se encontra...

Depois de coisas marcantes, parece que o tempo sempre começa a contar de novo em função delas. A semana que se passa você lembra o que fazia uma semana antes, as semanas que se passam você pensa como isso vai ficando distante, os meses logo vem - como vieram com tantas outras coisas que marcaram antes dessas últimas. Maria se foi, ou melhor, ficou e eu parti. Segunda, perambulando nas proximidades da Paulista (ah, a Paulista lá de longe parecia tão maior...), passo justamente por uma tal de "J. Maria Lisboa"... e começo a lembrar de um fado que nem sabia que havia decorado, d'O fado! Maria maldita, inerte e secularmente distante, a me provocar esse mood de fado.

E se lá estivesse, estariam todos os outros mais alguma vez sequer? Alguns, claro, aqueles que estão ali como eu estou aqui, mas o todo, todo aquele todo, esse nunca mais será o mesmo em qualquer parte. Não posso dizer que não tentei meu melhor, mas também falhei em muitas coisas; mas dizer que me arrependo um centímetro desse tempo seria um absurdo.

E quem sou eu agora? Certamente não o cara que foi embora, nem aquele que ele imaginava quando voltasse longinquamente, nem aquele que se delineava às vésperas da partida e muito menos o daquelas promessas todas de coisas que nunca mais faria. Que maravilha não ser nada disso!

Vim com meu nariz de palhaço mostrar os truques que faltavam como num monumental banquete de Katerina Ivanovna, descobrir como era ser REAL novamente e quebrar a cara com tanta realidade; começar tudo novamente senão correndo como o cara no fim do Albergue Espanhol (preciso ver de novo!), ao menos atirando fora tanta coisa que dentro da minha cabeça nunca me levaria a nada, tanta pressa, tanta prece (maldita paráfrase, hehe).

E ao final de cada dia, essa vontade de querer sentar com todos aqueles que nunca chamaria para um "banquete", e talvez fazer mesmo um banquete - como o que vai rolar amanhã, aproveitar enquanto ainda existe a nossa turma, pois depois é tudo como uma variável - completamente - aleatória!

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