sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Momento artístico: Onde está Camões? E que raio são as tunas? [FOTO]

" Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor? "
Luís de Camões

Não vou dizer que foi o momento mais emocionante da viagem, pois teve um mais forte (e ainda não publicado!), mas foi puta louco. Monte Castelo, da Legião Urbana, na cabeça. Lembrando das fotos da Amanda no túmulo do Sartre e de sua companheira.

Camões! Camões! Lá está Camões! Não em carne e osso, mas pelo menos em osso... Ah! Agora só falta Fernando Pessoa!

São fotos de dentro do Mosteiro dos Jerônimos... tem mais coisas, mas vai ficar para outro dia, pois pois =o).


Pronto, Natália, era com ele que eu bati foto! hehehe



Abaixo, conforme sublinarmente prometido, um texto de meu colega de quarto, Hugo Tavares (vulgo Sax), sobre as tunas:

" Em Portugal existe uma espécie de movimento cultural, paralelo ao Ensino Superior, que tem uma vida muito activa, especialmente fazendo-se notar em “serenatas às donzelas”, festas de recepção ao caloiro e festas de fim de curso. Os estudantes (e outros que já deixaram de o ser!) juntam-se em grupos essencialmente de expressão musical, aos quais dão os nomes de “Tunas”, outros de “Estudantinas”.

Os estilos são vários: há as tunas mais tradicionais, praticamente só com instrumentos de cordas (guitarras, bandolins, cavaquinhos) e umas poucas percussões, e há as tunas menos tradicionais, com um teor instrumental muito mais sinfónico (algumas chegam a usar trompetes e saxofones nos seus arranjos musicais, coisa muito pouco habitual neste género de grupos). Todos estes grupos cantam ao mesmo tempo que tocam (claro que quem toca um clarinete ou uma flauta não pode cantar, mas entenda-se o que eu quero dizer!...). Chega a haver polémica, quanto às origens e aos estilos das tunas, no entanto, ela tem tantos anos (centenas, se calhar) que se foram perdendo pelo caminho muitos conceitos... e conceitos, na forma de “tradições” é o que não falta nestes grupos.

Quanto à integração, quem quiser entrar para uma tuna, deve passar por uma boa dose de etapas, que o fazem passar de “caloiro” a elemento da tuna, e as tradições, no seio da tuna, estão sempre presentes, como uma forma de fazer perdurar o espírito do grupo. Tradições que passam pelo traje (em Portugal há trajes típicos em cada universidade ou instituto, ou até em cada região, e.g., em Coimbra e Lisboa o traje típico masculino é a “capa e batina”, e de norte a sul, com excepção das ilhas, o traje é preto, com camisa branca, sendo que nas ilhas o traje é azul marinho), e pela forma como é usado o traje. Há, normalmente, dentro das tunas uma hierarquia muito rígida, que funciona como uma pirâmide feudal (os caloiros, muito poucas vezes, têm algo parecido com direitos... mas um dia, quando sobem na hierarquia, passam a tê-los todos, talvez até demais!).

Se quisermos ver uma destas tunas a tocar e a cantar, facilmente encontramos cartazes de festivais ou encontros, que servem, mais que tudo, para motivar a evolução e a relação entre estes grupos. Não é normal encontrar num festival de tunas (onde há concurso e classificações para as tunas presentes, excepto a organizadora e uma ou outra da relação da tuna organizadora) tunas de diferentes géneros, isto é, tunas masculinas, tunas femininas e tunas mistas (com elementos masculinos e femininos) a concorrerem para os mesmos prémios, até porque dizem que as tunas masculinas são sempre melhores que as outras, sem contar com algumas tunas mistas de grande qualidade. Em Lisboa chega a haver, por semestre, quatro ou cinco festivais, por isso e sem contar com encontros de tunas e actuações pontuais das mesmas, chega a haver um festival em cada mês.

Daí nada melhor que conhecer alguns exemplos que o meu colega de quarto me quis impingir, com a sua tuna, a Tuna Académica de Lisboa, famosa pelo seu estilo musical e artístico independentes do resto das tunas, e pelas suas apresentações muito requintadas e pormenorizadas em cada actuação que fazem. Podem encontrar mp3 para download na página deles, em http://www.tal.pt.vu/. Ah!, esta tuna tem uma história secular, daí a tuna actual se caracterizar segundo um padrão que existia nas tunas há mais de oitenta anos atrás. "

3 comentários:

Anônimo disse...

Você tirou foto com Camões, você é meu heroi!!!!!

=)

Anônimo disse...

meeeu
MEEEEEEEEEEEEEUUUUU
¬¬

num acredito nisso!!
hahahahahahhaha

dp volto c/ mais tempo, leio um post e faço um comentário decente :]

:*

Anônimo disse...

Camoesssss...eu amooo camoes sabiaaaa!!!
Lindinhu o tumulo dele...chique hein!!hehe
Ah sobre a tuna ai, nem li o texto....cansei no meio!! :p
Manoooooooooo
Saudade viuuuu....
VInhooo vinhooo VINHOOOO.....haiahiaiha...sua irma poko bebum!!!
:**