Acho que não aproveitei no máximo nenhum museu em que podia bater foto à vontade. Outro dia sem querer passei por um documentário que falava sobre isso, dessa vontade doida que se tem hoje em dia de levar um pedaço de todas as coisas pra casa, de bater foto de tudo, de viver de menos pra lembrar pra sempre e não ter aqueles relances de esquecer pra talvez um dia relembrar só por ter tido o acaso de algo parecido... engraçado que o documentário mostrava cenas de locais que eu havia ido, como a Piazza de San Marco em Veneza, com todas aquelas pombas cagonas (hehe).
Depois de um mês aqui, comecei a fazer um diário sob influência de amigos que também faziam, e até que curti relê-lo depois de um tempo, olhando como minha vida ia mudando após cada mês. No mochilão mais maluco, de mais países, perdi o controle da coisa, e de fato nunca cheguei a escrever mais do que sobre o segundo país dele. Em abril parei de vez com isso, com essa preocupação de lembrar, de sentir todas as nuances, porque afinal é impossível ter ciência exata do que seria importante registrar, e todo esse tempo registrando poderia ser gasto fazendo outras coisas... vivendo outras coisas!
Tenho lá outros "diários"... esse blog, vídeos que depois esqueço que fiz e acho ao acaso, e eu mesmo no fim das contas. Como diz o cara no fim do Efeito Borboleta: não preciso deles pra saber quem eu sou.
Somos parte do nosso produto. Eu olho aquilo que veio, as coisas que fui capaz de fazer, sem ter sequer idéia se o que quis expressar ainda se traduz dentro de mim, se eu sou aquele mesmo cara que fez aquela coisa ou outro que faria diferente ou sequer faria aquilo em detrimento a outras coisas... é tudo vida... !
PS: Ainda bato minhas fotos... agora sem visor na máquina porque ele estragou como o de todas as máquinas do mesmo modelo de amigos meus... mas tomara que tenha feito muito mais que fotos no dia em que passei batendo fotos.
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